Transpiração
Vegetal
Introdução:
A
transpiração corresponde à perda de água sob a forma de vap0r. É o principal
mecanismo por meio do qual parte da água absorvida pela planta pode ser perdida
para o meio ambiente.
A
transpiração cuticular é pouco intensa e independente do controle do organismo.
A
transpiração estomática é o principal mecanismo de perda de água pela planta e
depende do controle do organismo.
Tipos de
transpiração:
1-
Transpiração
estomática
A abertura e o fechamento dos estômatos são
controlados por diversos fatores, sendo o principal deles a água. Se as plantas
estiverem com suprimento adequado de água, as células estomáticas permaneceram
turgidas, mantendo o ostíolo (abertura entre as células estomáticas) aberto;
com suprimento insuficiente, células perdem água e consequentemente o turgor, e
fecham o ostíolo.
(Biologia volume único, editora saraiva, autores:
Sônia Lopes e Sergio Rosso, página 274, capitulo 19 , fisiologia das
angiospermas).
Trocas gasosas e transpiração
2-Transpiração foliar
A transpiração é fundamental para
a vida do vegetal, mas deve ocorrer de modo que não prejudique a sua
sobrevivência, pois o excesso de perda da água na forma de vapor pela
transpiração pode levar a sua morte.
Os vegetais apresentam
várias adaptações para evitar a transpiração excessiva, e a sua estrutura
também esta ligada diretamente com esse fenômeno, de acordo com a diversidade
climática.
A transpiração da planta que é a perda de água na forma de vapor através das
folhas é controlada pela estrutura
denominada estômato. Este quando aberto também permite a saída e entrada de
oxigênio e ou gás carbônico, quando essa estrutura esta fechada não há trocas
gasosas nem transpiração.
Através da abertura e fechamento
dos estômatos o vegetal controla a taxa de transpiração, respondendo a fatores
como a disponibilidade de água (abertura e fechamento), luz (fotossíntese), temperatura e umidade relativa
do ar.
Transpiração foliar, como
demonstrar?
Nesse esquema
observe que houve liberação de vapor de água pelas folhas após ter ficado 15
minutos no sol; o vapor sofreu condensação nas paredes do saco plástico,
assim você pôde ver a água sobre a forma líquida.
Transpiração
total (foliar) = transpiração estomática+ transpiração cuticular
A transpiração foliar exerce uma força de sucção de
água no interior dos vasos lenhosos: a água é “puxada” dentro do xilema, na
direção das folhas, uma vez que elas estão perdendo água na forma de vapor.
3 - Transpiração Cuticular
Nas paredes exteriores das células da
epiderme de todos os orgãos da parte aérea de plantas herbáceas, nas folhas e
caules jovens das restantes plantas, existe uma estrutura chamada cutícula.
A cutícula apresenta duas zonas (figura 27): a mais exterior e que constitui a
cutícula propriamente dita, formada essencialmente por cutina; e a camada
cuticular constituida por placas de celulose e cutina. Na cutícula propriamente
dita podem existir depósitos de ceras e cristais de outras substâncias
lipídicas (Mazliak, 1975).
A
camada cuticular pode conter quantidades variáveis de água dependendo da
hidratação da cutícula. Assim, a transpiração cuticular ocorre a uma taxa que
depende não só do déficite de vapor de água da atmosfera, mas também da área da
superfície da água exposta ao ar.
A
perda de água pela cutícula é geralmente muito pequena, com excepção das
plantas sem estomas funcionais, como musgos e fetos. Nas coníferas e nas
árvores de folha caduca, a transpiração cuticular pode representar, respectivamente,
de 1/30 a 1/40 e de 1/8 a 1/12 da transpiração estomática. Nas folhas jovens, a
transpiração cuticular pode constituir 1/3 a 1/2 da transpiração total
(Sebanek, 1992).
Fatores que alteram a
transpiração:
Iluminação: A transpiração está intensamente
relacionada com a abertura dos estômatos. Como eles se abrem ao amanhecer, a
taxa de transpiração também aumenta com o decorrer do dia, atingindo seu máximo
no final da manhã ou início da tarde, diminuindo até ficar com uma taxa baixa,
durante o período noturno, quando os estômatos estão fechados.
Umidade relativa do ar: Quando a umidade relativa
do ar é baixa, a transpiração tende a aumentar por conta do gradiente de
potencial de água formado. Porém esse fator aumenta com o aumento da temperatura,
portanto, para medirmos a transpiração em relação à umidade do ar, precisamos
levar em consideração a temperatura.
Temperatura: Em condições ideais de
água, se a temperatura aumentar, pode-se observar um aumento na transpiração,
pois a temperatura causa um efeito sobre o potencial de água. Porém se o ar
estiver saturado de água e a folha tiver uma temperatura superior ao ambiente,
a planta continua transpirando.
Água disponível no solo: Os estômatos normalmente
se fecham quando há pouca água no solo, diminuindo a absorção e a transpiração,
para evitar a desidratação.
Vento: O movimento do ar (vento)
sobre a folha retira o vapor de água presente na superfície, promovendo o
aumento da transpiração. Porém quando está ventando muito forte, os estômatos
se fecham.
Curiosidades
sobre transpiração das plantas
Transpiração
dos Cactos
Os vegetais apresentam várias adaptações para
evitar a transpiração excessiva, de acordo com o ambiente onde vivem.
A organização do corpo do vegetal está relacionada
diretamente com o fenômeno da transpiração. O número de folhas e a superfície
foliar são fatores que determinam maior ou menor taxa de transpiração pelo
vegetal.
As figuras a seguir mostram a organização
vegetal e adaptações em relação à transpiração.
Nas caatingas do nordeste brasileiro
encontram-se plantas semelhantes, como este facheiro
fotografado na Paraíba, entre Campina Grande e
São Gonçalo.
Gigantesco cacto do deserto do sudoeste
americano. Esta planta não tem folhas e faz fotossíntese com seu caule
suculento. O caule é adaptado para reserva de água e pode intumescer-se ou
contrair-se convenientemente, através de sua estrutura típica. Este caule tem
um sistema radicular extenso, o que lhe permite absorver água de uma área
ampla. Os cactos vizinhos são encontrados a não menos do que 8 a 10 metros,
provavelmente devido a alguma ação mutuamente inibitória. Todavia, pequenos
arbustos podem medrar na área onde crescem esses cactos.
Como
os Cactos respiração se eles não têm folhas?
Por isso, pode-se dizer que eles respiram de
uma maneira não apenas diferente, como também mais econômica, porque os
estômatos se abrem durante a noite, longe da luz do sol. "Dessa
forma, reduz-se a perda de água, que ocorreria por transpiração", diz
Eduardo. O processo vale para a maior parte das 2 000 espécies de cactos
conhecidas, como o mandacaru (Cereus peruvianus) e o figo-da-índia (Opuntia
ficus-indica), comuns no Nordeste. As espécies que possuem folhas respiram como
os outros. É o que acontece com o ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata), cacto arbustivo
também nativo do sertão nordestino.
Notícia
23/11/2005
Agência
FAPESP - O
processo ainda não era totalmente conhecido para as raízes das árvores da
Amazônia. Em períodos de seca, que costumam ocorrer entre julho e novembro, é
comum ocorrer uma redistribuição da água existente no solo da floresta.
Principalmente durante a noite,
quando os estômatos estão normalmente fechados, as raízes das árvores é que são
as protagonistas desse reequilíbrio hídrico. As mais profundas puxam a água do
solo para as camadas mais superficiais e é esse líquido menos profundo que é
fundamental para o processo de transpiração das plantas.
Estudo que será publicado esta
semana na edição on-line da Proceedings of the National Academy of
Sciences (Pnas), e em breve na versão impressa, apresenta uma nova
leitura sobre a distribuição hídrica provocada pelas raízes da floresta
amazônica. O trabalho teve a participação de Rafael Oliveira, do Centro de
Energia Nuclear para Agricultura da Universidade de São Paulo (USP), em
Piracicaba.
Após identificar o processo e
desenvolver um modelo matemático para incorporá-lo à ecologia, os cientistas
verificaram que, durante a época de seca, a transpiração da Amazônia, por causa
da água estocada do solo, sobe 40% em relação ao período mais úmido.
Essa alteração, segundo as
estimativas feitas, é suficiente para que a temperatura também não aumente
tanto durante o período seco. Dessa forma, dizem os pesquisadores, está provado
que o funcionamento das raízes da Amazônia se encontra diretamente relacionado
com o clima regional.
Como ainda os processos de
respiração e fotossíntese são muito influenciados pela temperatura, toda a cadeia
pode ser ainda mais impactada, por exemplo, se o desmatamento continuar
crescendo.
Raízes das árvores da Amazônia desempenham um
papel fundamental no equilíbrio ecológico da floresta
(foto:LBA)
(foto:LBA)
Porque no inverno as plantas perdem suas
folhas?
As árvores que perdem as folhas no inverno, são chamadas
decíduas ou caducas. Este nome é, principalmente, devido ao fato delas perderem
as folhas sazonalmente. Nas plantas é
o resultado de processos naturais e não significa doença e tão pouco
sofrimento. A perda das folhas é totalmente programada pela árvore.
Geralmente, as plantas caducas vivem em locais frios. O
motivo desta perda de folhas é uma estratégia de sobrevivência nos invernos
rigorosos destas regiões. O objetivo desta perda não é a conservação de calor, mas de umidade. As folhas,
principalmente as maiores, apresentam uma grande superfície, perdem grande
quantidade de água através da evaporação. Nos invernos rigorosos, devido ao
congelamento do solo, as raízes perdem o seu abastecimento de água. Então, é
importante que a planta esteja hidratada ao máximo. Se mantivessem suas folhas,
poderiam ficar fatalmente secas.
No outono, quando o clima começa
a esfriar, a produção de clorofila pára e isto torna visíveis outros pigmentos.
À medida que a clorofila vai se esgotando, os pigmentos amarelos e laranja,
sempre presentes, mas escondidos pela clorofila, tornam-se visíveis e
dominantes. è por isso que nesta estação a natureza nos dá aquele show de
cores, muito bem representadas nas figuras. Ainda no outono, após a perda total
de clorofila, a planta sofre ação de um hormônio vegetal, o ácido abcísico, que
age na base do pecíolo de cada folha e impede a passagem de água para as
folhas; elas então secam e caem.
Curiosidades sobre a Transpiração Humana
Em alguns mamíferos, como o ser humano, a transpiração ocorre na forma
de suor sobre a pele, que além de
eliminar o calor em excesso de dentro do corpo, ainda resfria a superfície ao
entrar em contato com correntes de ar. O suor em humanos é promovido por glândulas sudoríparas, e, além da água, elimina minerais e outros
compostos nocivos ou desnecessários presentes no sangue, como o ácido úrico. O suor excessivo é denominado
de hiperidrose.
Nos humanos, o suor é uma forma de excretar dejetos de nitrogênio, mas é
também, e fundamentalmente, formas de regular a temperatura. A evaporação de
suor da superfície da pele tem um efeito refrescante para a pele.
É possível
transpirar sangue?
O “suar sangue”, é chamado de
“hematidrose“. Essa reação é produzida diante
de condições excepcionais: para provocá-lo é necessário uma fraqueza física,
acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção,
por um grande medo. A tensão extrema, com contrações musculares localizadas,
produzem um rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as
glândulas sudoríparas; o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele,
e então escorre por todo o corpo
O fenômeno
Hematidrose consiste em intensa vasodilatação dos capilares subcutâneos que
distendidos ao extremo rompem-se. O sangue se mistura com o suor e esta mistura
acaba surgindo pela superfície do corpo.Esta
disfunção ocasiona uma extrema sensibilidade em todo o seu corpo, uma
fragilidade que deixa toda a extensão do corpo com dores intensas
Bom trabalho,
ResponderExcluirBem ilustrado e com curiosidades.
Nome do grupo?